O caminho espiritual é vago, e vasto… Há momentos de descompensação em que se tentam aliviar os medos de formas totalmente disfuncionais. A espiritualidade num indivíduo serve de indicador de força, ternura, e desenvolvimento interno nos centros das camadas do seu ser. Tenta-se chegar a um objetivo…quando muitos outros ‘objetivos’ gritam com mais força, com mais urgência. Então colocamos um parenteses naquilo que realmente desejamos, e voltamos desagregados aquilo que não somos, aquilo que não nos satisfaz. Deixa-nos loucos aos poucos esta desagregação da vontade da alma, da vontade do eu superior.
A vibração dos Anjos azul cai sobre mim. Sou eu que procuro. Sou eu que encontro. São Eles que mostram. Ajoelham-se sobre mim, e eu penso: que ridículo, eu é que devia ajoelhar-me perante Eles. Estamos metidos na mesma alhada, na mesma triste paródia. Tão triste que se torna engraçada. Eles sabem que sou o mesmo que eles. E por isso ajoelham-se sobre mim, para me mostrar que somos o mesmo. Que somos constituídos pelo mesmo material. Pelas mesmas formas arquetípicas; pelos mesmos impulsos, e vontades superiores. Eles sabem que eu sou um deles, menor, contudo um deles. Estou a ser reparado (fixed), reabsorvido pelo seu néctar. Estou a ser desmaterializado. Eles têm conseguido produzir efeitos no corpo dum ser para que esse corpo esteja habilmente recetivo às cascatas de luz abissais que pairam sobre os céus, disponíveis para o nosso uso. É só quereres… (sussurrado). Quantas palavras serão precisas para construir aquilo que paira dentro de mim…isto é muito mais complicado que a morte: que o morrer das vestes, isto é reinvenção dinâmica de nós mesmos, o próximo estágio. Tem a ver com o fruto daquilo que apagou. Que cessou de existir. A cabeça está morta, e acendeu-se o coração. Estamos a ver se o estendemos até á alma. O cérebro não nos faz favores, nós é que fazemos favores por ele.
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