O que é a vida? O que são afectos? Demonstram eles a textura rica e são eles expressão física de algo tão metafisico como o amor?
Tem que haver uma ordem nisto tudo. Um processo inteligente que a nível celular nos faz sentir coisas tão belas como um todo, um organismo. Caminhamos para o bem, sei seguramente que estamos a melhorar, e melhoramos como seres sensíveis que somos. Independentemente de toda a maldade, crueldade e miséria no mundo, os actos que por amor se fazem são pura expressão do que em nós ferve enquanto seres.
Porque é que somos bons? Porque o pai foi bom e nos ensinou, e o avô o ensinou assim também e por aí diante...? Que desejo é este que entrou tão na moda de sermos melhores pessoas? É claro que virou competição, pois não estamos preparados ainda para a humildade que é partilhar capacidades individuas sem as manifestarmos deliberadamente de uma forma ousada à frente do outro. Donde vem este impulso? Que energia é esta que se afunila suavemente na subsolo que segura as nossas emoções? É tão enriquecedora. Só queremos o bem para nós, e depois alastra-se e de repente queremos paz para o mundo; e depois num próximo estágio começamos a irradiá-la. Choro, porque acredito que o que se faz por Amor é algo brilhantemente psicopático. Não é nada de psicopata claro... Mas a capacidade de nos sacrificarmos (por vezes literalmente) em função de outro ser, não um objecto, mas um ser que respira, não tem palavras que a descrevam... É seguramente a prova de como existe semeada em nós e nos é também permeada e alturas chave um raio de energia criadora altamente inteligente que cruza em si mesma a mais bela consciência amorosa com o mais elaborado equilíbrio psicológico.
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