domingo, 21 de abril de 2013

Louvado seja Ele que nos insuflou com ferocidade.

Beber do vinho e de Deus-Pai
Afogar-me de ti
Sol que enche
Um copo meio-cheio
Eu que ame o lado obsceno
Proclame o toque
A mais sagrada degustação
Em consideração
Pela tua pele
Eu que lance já o medo
Que este seja procurado
E possa descansar assim
Contigo deitado.


Hedonismo vs Ascetismo

Quem sabe estão ligados, de mão dada, estes dois estados de espírito andaram a esclarecer através de dilúvios de sensações o orvalho divino que é um ser humano.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sound

A vida tem uma infinita quantidade de música disponível. É tipo um iCloud etéreo com infinitas variantes de melodias. O que os músicos fazem é beber um pouco dessa cantiga e manifestá-la fisicamente o mais fielmente que conseguirem...bem isso depois depende da qualidade e refinamento da percepção do artista.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Desencaminhar.

O ser humano que nasce face às adversidades do pensamento nunca consegue atingir metas auto-lineares redutoras de conciliações extensas e demoradas...Isto porque a substância que deriva dos diversos obstáculos acesos do debate íntimo e fulcral que é o diálogo reflectido do núcleo espelhado pelas palavras do reflexo recôndito divergem em contradição indolente e sofisticada. Às vezes sim, acontece, um laivo de números irrequietos deslocarem-se em espiral anestesiada em que sobe o carro à estação de tangerinas e espirra o controlo terrestre avariado. É complicado, mas por vezes acontece.

quinta-feira, 4 de abril de 2013


O homem que deixa a emoção fluir com toda a consciência focada em intensificar a mesma, sem que a direção da sua mente criativa toque intuitivamente no seu centro e perca o rasto puro; fiel à fonte. Sem hesitações quanto ao deixar sair laivos do negrume que nos fazem sentir. Anseia por libertação em cada verso proferido e assim se eleva em prece submissa. Respeita o processo criativo em toda a sua santidade. Sabe que o real não é aquilo que nos toca à superfície mas sim aquilo que se impregna indelevelmente nas entranhas. É dor que busca éter. É substância que aspira ser intima de si mesma